Antropologia, Economia e Marxismo, de Maria Cecília Manzoli Turatti

Antropologia, Economia e Marxismo, de Maria Cecília Manzoli Turatti

Marca: Alameda Referência: 978-85-7939-070-8


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Antropologia, Economia e Marxismo, de Maria Cecília Manzoli Turatti

O fato de a antropologia ter se constituído historicamente como a disciplina que estuda sociedades "primitivas" ou, melhor dizendo, sociedades não capitalistas, que apresentam formações econômico-sociais diversas, não impediu que os etnólogos enveredassem pelas sendas da economia ao realizar seus estudos. Neste estudo, a antropóloga Maria Cecília Manzoli Turatti envereda pelos caminhos da árdua teoria das ciências humanas para entender a junção de áreas aparentemente díspares: a economia, a antropologia e o marxismo.

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Uma visão Crítica

Um dos efeitos da ventania neoliberal das décadas de 1980 e 1990, associada por seu turno a uma fase específica do capitalismo recente, e agora em crise, foi o de varrer do mapa acadêmico importantes debate em torno da teoria de Marx. Também no campo da antropologia, a simples menção do seu nome vinha acompanhada por alegações precipitadas e objeções ferrenhas a conceitos em geral mal entendidos.

O livro de Maria Cecília Turatti constitui uma retomada, oportuna aos novos tempos de crítica e crise, dos debates abortados especificamente no caso da antropologia econômica francesa de inspiração marxista. Mas os nomes de Maurice Godelier e de Claude Meillassoux, principais autores estudados, não vêm desacompanhados: eles comparecem como críticos da antropologia nas vertentes formalista e substantivista.

Para compreender a primeira é que o livro começa “construindo o Homo economicus” desde as origens do conceito no pensamento dos economistas clássicos e, mais ainda, dos neoclássicos da Inglaterra do século XIX.

A crítica dos substantivistas às confusões dos formalistas, inevitáveis pela tentativa destes últimos de aplicar o cálculo econômico marginalista ao comportamento humano em sociedades não-capitalistas, é exposta no capítulo 4, para ser em seguida confrontada à crítica mais complexa e radical dos marxistas. Este é o objetivo do capítulo 5, crucial e mais longo do livro. Retorna aqui a crítica da economia política efetuada por Marx e apresentada bem antes, no capítulo 2. Trata-se, contudo, de por ela matizar o esforço teórico de Godelier, marcado pelo estruturalismo de Althusser, e o de Meillassoux, que preferia um aparente trânsito mais livre pelas categorias econômicas.

O fio condutor da relação entre Base e Superestrutura fica agora visível e ajuda a demarcar as limitações dos dois autores – Godelier “pecando por excesso de teoricismo” e Meillassoux, por “excesso de reducionismo econômico”. O que fica, ao final, é a certeza de que os novos tempos propõem novas questões, que os debates devem ser retomados, e as dúvidas, metodicamente enfrentadas.
Jorge Grespan

Sobre a autora: Maria Cecília Manzoli Turatti nasceu em Andradas (MG) em 1975. Formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde fez seu mestrado e doutorado em Antropologia Social.

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SUMÁRIO

Prefácio - 9
Introdução - 19

1. Inventando o HOMUS ECONOMICUS - 27
2. Destruindo o HOMUS ECONOMICUS - 51
3. O cadáver insepulto do Formalismo - 95
4. A pá de cal do Substantivismo - 111
5. Eram os franceses marxistas? - 125
6. Por uma antropologia materialista e histórica - 205

Referências bibliográficas - 205
Agradecimentos - 231

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