Lágrimas de sangue

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Sabe-se que, desde a transformação da escravidão, como forma de organização da produção, em fato social após a guerra contra Palmares, diversos intelectuais apresentaram propostas para reformar a relação entre senhores e escravos com o objetivo de diminuir as tensões sociais. Uma delas, inicialmente sustentada no ideal da caridade cristã e, posteriormente, na segunda metade do século XVIII, no ideal da solidariedade humanitária iluminista, foi a de os proprietários cuidarem melhor da sua escravaria, melhorando as condições de vida dela e promovendo a sua reprodução natural, para dessa maneira tornar o tráfico de escravos desnecessário.

 

A partir do final do referido século, quando o ideário ilustrado estava consolidado, tal proposta encontrou uma conjuntura favorável para começar a ser praticada, motivada pelo avanço das críticas à escravidão e à sua fonte abastecedora, o tráfico internacional de africanos. Essas críticas, baseadas no direito natural (segundo o qual a liberdade humana é inata), contribuíram, ao municiar os movimentos abolicionistas, para desmantelar as sociedades escravistas do Ocidente ao longo do século XIX, como a do Brasil. Assim, foi nesse contexto histórico que os relatos estudados nesta pesquisa, sobretudo os dos médicos, acabaram assumindo um tom dramático, como estratégia de persuasão do público, como uma forma de produzir comoção e, desse modo, cooperar para reformar a escravidão em meio ao seu processo gradual de abolição. 

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