Os Meandros dos Rios nos Meandros do Poder, de Odette Carvalho de Lima Seabra

Os Meandros dos Rios nos Meandros do Poder, de Odette Carvalho de Lima Seabra

Marca: Alameda Modelo: 2019 Referência: 9788579393068

  • Páginas: 216 páginas
  • Medida: Altura: 01cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
  • Peso: 300 gramas

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Tietê e Pinheiros: Valorização dos Rios e das Várzeas na Cidade de São Paulo

 

O Rio Tietê e o Rio Pinheiros circundavam a cidade de São Paulo em movimentos lentos, por longos e sinuosos leitos repletos de meandros; formas que traduziam o longo processo de natureza geo-física de formação das planícies aluviais, identificadas também por várzeas. Sobre elas estes rios faziam e refaziam seus leitos deixando, entre uma e outra cheia, meandros abandonados formando lagoas em semi-círculos.
Na modernidade estes rios se tornaram objeto de conhecimentos científicos; foram descobertas as leis que regulam os fluxos para submetê-los por inteiro à intervenção, como atestam os estudos sobre as formas de apropriação dos rios e das várzeas do Tietê e Pinheiros em São Paulo.
A retificação do curso desses rios, a partir de certo momento, parece ter sido uma necessidade histórica em face da centralidade de São Paulo no processo geral de transformações que apareciam na materialidade propriamente urbana da cidade, desde o final do Século XIX. Foi também a demanda por saneamento das várzeas (nas proximidades da cidade), em face das epidemias que atingiam a cidade de São Paulo, principalmente os bairros pobres, que o sanitarismo, como parte do programa higienista, exigia a drenagem de pântanos.
Para transformar o potencial hidráulico da Bacia do Tietê ( que inclui o seu afluente Pinheiros) em força produtiva da sociedade foi necessário efetuar a montagem do sistema hidrelétrico de São Paulo. Processo de caráter desbravador, pois se tratou de adentrar pelo território, transpor riachos e córregos, abrir clareiras nas matas, através das explorações do terreno.
O complexo hidrelétrico, formado pelos canais de escoamento, barragens, usinas geradoras, estações rebaixadoras e linhas de transmissão, foi a forma como a natureza em estado natural, passou a constituir-se em uma força produtiva para a sociedade, integrando por seus efeitos múltiplos processos em curso. Tal metamorfose deu lugar a uma segunda natureza, agora, identificada como natureza social, constituindo uma problemática própria, genericamente inserida nas questões identificadas por sustentabilidade ambiental.

 

Sobre a autora: Odette Carvalho de Lima Seabra dedicou-se ao ensino e pesquisa no Departamento de Geografia-FFLCH-USP, por mais de três décadas. Este estudo corresponde a um dos momentos de sua trajetória acadêmica do qual derivou seus temas de estudos subsequentes relativos a história da eletrificação; eletrificação e modernização social; aos estudos dos bairros paulistanos e da metropolização de São Paulo.

 

 

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