OZUMANOIDES

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Referência: 9788577511082


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OZUMANOIDES
Aguinaldo Gonçalves
120 p., 2016, 14x21 cm, ISBN 978-85-7751-108-2

QUASE HUMANOS
Trata-se de uma narrativa que transgride todos os limites de gêneros para afirmar-se puramente como ficção. Essa ruptura com as formas é reforçada pelo hibridismo discursivo, que se metamorfoseia em filosófico, crítico, teórico, analítico e, sobretudo, poético e inventivo. Facetas com que a ficção se encena para colocar em cena "ozumanoides", personagens transmutados em seres para vivenciarem simulacros humanos na aventura da condição humana.

Por esse prisma de mutações, tudo é transfigurado e narrativizado. Do discurso aos personagens, à própria forma de composição, com bricolagem de sucatas e novas invenções do autor. São fragmentos textuais ou labirintos de metáforas habitados por seres metamorfoseados, num universo fantástico e fabuloso, sem limites de tempo e espaço. Tudo é cambiante, tudo é ficção, num jogo permeado pelas regras e linguagens das artes. Tudo é mediado pelo olhar estético do narrador, auxiliado pelo seu alter ego, Mariana, que veem a vida com o olhar da arte e a arte com o olhar da própria arte.

Um paralelo possível é o livro Histórias de Cronópios e de Famas, de Julio Cortázar, que Aguinaldo Gonçalves homenageia com suas "cronopicices dos cajus". Mas, num plano mais profundo, o diálogo se estabelece pela maneira poética como o insólito se infiltra nas camadas do cotidiano, rasga a pele da realidade para buscar, nas máscaras dos mais diversos tipos humanos, as estampas que imprimem os protótipos de "humanoides". Esses "cronópios" pelo avesso, medidos em uma escala por subtração, impregnam no "compasso de uma inexistência" vários tipos de existências, colando, como duplicatas do humano, um outro ser – fantástico, monstruoso, humano e desumano – no mesmo ser.

A metalinguagem é o fio de Ariadne que forma o novelo de fragmentos textuais, enredando e classificando "ozumanoides" em exemplares nada exemplares, uma legião de seres malignos, animalescos, monstruosos ou peçonhentos, que habitam as camadas do ser social. A revelação desses corpos nas almas desses seres compõe um inusitado "bestiário humano", um retrato poético, fantástico, satírico e melancólico da condição humana.

Sérgio Vicente Motta

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