Meus seios, de José Rodrigo Rodriguez

Meus seios, de José Rodrigo Rodriguez

Referência: 85-86372-87-0

  • Medida: Altura: 1cm, Largura: 12cm, Comprimento: 18cm
  • Páginas: 202 páginas
  • Peso: 200 gramas

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Meus seios, de José Rodrigo Rodriguez

Este livro do Zé Rodrigo amadureceu nos últimos 20 anos. Foi meu privilégio acompanhar de perto, passo a passo essa maturação. Desde o adolescente, leitor voraz e movido pelo sopro interior da poesia, até o homem feito de hoje, ainda jovem, pesquisador e estudioso completo de filosofia, direito, estética e literatura.

Meus seios, com seu título enigmático e irônico, e talvez também agônico, é uma expressão poética que engendra e percorre os grandes impasses da lírica na modernidade capitalista, e nesta periferia de quase todos os pecados. O eu lírico mergulha nas conexões que constituem o sujeito problemático (que já não pode ser herói), percebido sempre instável e o social que ataca e corrói. Também presentes os fantasmas dos tempos – e do tempo – com dimensões de horror e morte, e tudo em busca de palavras poéticas ou antipoéticas, que se estranham na interioridade e na voz do sujeito.

“E daí a idéia de antinomia/ residir na mesma frase/ debatendo-se antes do som/ ou formação da memória,/ um pé em cada margem do rio/ sínodo/ de uma idade em resumo/ sempiterna desrazão”. Esses versos ressoam a poderosa observação de Walter Benjamin sobre a astúcia poética do fundador da poesia moderna, o poeta francês Charles Baudelaire. E não ressoam por acaso, porque Zé Rodrigo leu ambos e leu também, e muito bem, os grandes da poesia moderna no Brasil e alhures. E isso está em sua poesia, como o leitor poderá constatar.

O livro está organizado, com rigor, em 4 partes: a primeira uma espécie de acerto de contas (também baudelairiano) com o leitor de poesia, que por sua vez parodia implacavelmente as ditas “artes poéticas” de velha tradição. A segunda parte são as “naus da iniciação”, percurso tenso e problemático da viagem a ser encetada juntamente com o leitor, mas também com os não-leitores. É um início com o tratamento e o desarmamento da inumerável fragmentação, que, atualmente, nos tortura e aliena. E ainda com espaços ambíguos para homenagens.

A terceira parte, “transforma-se o amador na coisa amada”, retoma lírica e parodicamente o célebre soneto camoniano, mas só no título, porque essa parte se constitui na tradução livre de um texto de Paul Valéry, a todos os títulos uma discussão fundamental do fazer poético, da poesia na modernidade e das situações do poeta. A quarta parte: “A cidade e seus mortos” temos um Zé Rodrigo mais pessoal, embora sempre social, imerso em problemas de ampla gama, da vida e da morte, da solidão, do sexo tenso e de algum desamparo, em especial, e da cidade de São Paulo, tida como destino e fatalidade.

Meus seios também tem humor, sarcasmos, jogos, ironias e prenuncia, num poeta de enorme vocação, a presença de uma voz nova, que certamente poderá construir caminhos ainda não percorridos pela nossa poesia contemporânea.

Valentim Facioli

 

Sobre o autor: José Rodrigo Rodriguez é poeta, professor e pesquisador. Estuda Direito e Filosofia; também escreve livros em prosa. Este é seu primeiro livro de poemas.

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SUMÁRIO:

Ao leitor de poesia, 15
Deixa-me, 17
Vão anônimo sem pássaro, 21

Naus da iniciação
Nada do que é humano me é estranho, 38
Meus seios, 40
Sobre os ombros, 42
Daquela sua música, 46
Dino 7 cordas, 48
Aleksandr Rodchenko, 49
Espanha, 50
As marés, 51
Flower Children, 53
Vela, 55
Aranhas, 57
Nuno Ramos, 58
Canção, 59
Thomas Hardy, 61
Sua mulher, 62
Revenda, 66
Aurélio de Figueiredo, 67
Súbito, 68
Györg Kurtag, 69
As palavras sem as coisas, 70
Fahrenheit 451, 72
Romeu e Julieta, 73
Cuzinho doce, 76
Terra, 79
Tua sede, minha sina, 80
Mondrian, 81
Pó, 82
Lua, Lua, 84
Rock 'n' Roll, 85
Ruth Rocha, 86
Tempo claro, 87
Direito, 89
Nebulosa do Lápis, Supernova Vela, 90
Porta aberta, 92
Seu homem, 94
Schümann, 95
Revolução, 96
Pedaço, 97
Mulher ideal, 98
O som sem o tempo, 99
Phala, 100
Irlanda, 102
Franz Neumann, 103

Transforma-se o amador na coisa amada
Londres – Ponte, 107

A cidade e seus mortos
Cidade, 113
Reflexão (passos), 116
(hoje mais nada são objetos), 119
São Paulo, 121
Livros, 134
O teste, 136
Erro, 138
Minha vida de menina, 139
Profissão de pouca fé, 148
O troco, 151
Marxismo, 153
Palavra horizontal, 154
Pêssegos em calda, 155
Utópica, 156
Telefonema, 158
Marxismo ocidental (morte), 159
(passos), 160
(uma boca só dentes), 176
(não esqueça), 177
pintura na parede), 179
(noite), 181
(satã), 182
(pés), 183

SOBRE O AUTOR, 187

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