Sombras no paraíso, de Thiago Cass

Sombras no paraíso, de Thiago Cass

Marca: Nankin Editorial Referência: 9788577510818

  • Medida: Altura: 01cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
  • Páginas: 256 páginas
  • Peso: 500 g

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Sombras no paraíso, de Thiago Cass

O livro Sombras no paraíso, de Thiago Cass, é uma análise das relações entre o romance indianista de José de Alencar e os poemas atribuídos ao bardo Ossian, pretensamente traduzidos – mas, na verdade, escritos – por James Macpherson. O objetivo do estudo não é mapear os pontos de contato entre os textos, trabalho já realizado pela recepção crítica, mas, como diz o autor, ´ossianizar a leitura´ dos romances brasileiros a partir de duas questões principais: a análise dos recursos empregados para a estilização da fala primitiva e a discussão do destino dos povos indígenas na obra de Alencar. Movimentando-se entre a Escócia do século XVIII e o Brasil do XIX, o estudo articula espaços e momentos históricos distintos, aproximados pelos esforços análogos desenvolvidos por Macpherson e por Alencar para imaginar suas respectivas nações.

Para cruzar as linhas que separam dois horizontes culturais aparentemente tão distantes, Thiago Cass dispõe de um personagem fundamental, o escocês Hugh Blair, principal defensor da autenticidade das traduções de Macpherson e autor das Lectures on Rhetoric and Belles Lettres, livro amplamente divulgado no Brasil do século XIX por meio de traduções francesas. Para Blair, os povos primitivos se caracterizavam por uma carência lexical que os obrigava a utilizar o nome de uma coisa para designar outra, dando lugar a uma linguagem figurada, pitoresca e poética. Partindo dessa perspectiva, Macpherson desenvolveu um estilo permeado por comparações e hipérboles, numa experiência que seria retomada por Alencar e por outros escritores brasileiros empenhados em criar uma representação literária culturalmente verossímil da fala indígena. Desenvolvido a partir de uma dissertação de mestrado, o livro demonstra familiaridade com os textos analisados, com o contexto histórico-cultural no qual eles foram produzidos e com sua recepção crítica. Thiago Cass transita com segurança por uma ampla bibliografia e demonstra uma capacidade de pesquisa rara nesse nível de estudo acadêmico.

Eduardo Vieira Martins
Professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da FFLCH-USP

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Sobre o autor: Thiago Rhys Bezerra Cass é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua no Departamento de Letras Anglo-Germânicas e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura. É também professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês da Universidade de São Paulo. Sua pesquisa e suas publicações, no Brasil e no exterior, tratam dos seguintes temas: Ossian; teoria, história e historiografia do romance na Grã-Bretanha; o romance britânico no Brasil; romance e nação; romance e a União britânica; romance escocês; gêneros literários no longo século XVIII (1660-1832).

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SUMÁRIO:

Prefácio - 9

Introdução, 13
1. Algumas considerações teóricas - 13
2. O percurso - 18
3. O corpus - 19
4. As citações de Alencar - 22
5. As traduções - 24

1. Linguagem e sensibilidade, 25
1. Por que o índio? - 25
2. Singularização - 38
3. Os primitivos celtas - 49
4. O selvagem brasileiro - 77

2. Tudo passa sobre a terra, 99
1. Os Poemas de Ossian - 99
1.1. Antecedentes - 99
1.2. A poesia de Ossian - 129
1.2.1. Princípio estrutural - 129
1.2.2. Ossian - 130                                                                                                                                                                                                                                                                1.2.3. Memórias e intuição do fim - 138
1.2.3.1. Passado e memórias - 139
1.2.3.2. Futuro e intuição do fim - 146
1.2.3.3. Presente e ruínas - 153
2. Interlúdio - 155
3. A prosa indianista de Alencar e o destino histórico do indígena - 165
3.1. Primeira abordagem - 167
3.2. A outra abordagem conjugada na literatura indianista de Alencar - 178
3.3. As relações entre índios e brancos nas obras indianistas de Alencar - 194
3.3.1. O guarani - 205
3.3.2. Iracema - 222
3.3.3. Ubirajara - 237

Palavras finais - 243
Referências bibliográficas - 247

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