UMA PRAJA AINDA IMAGINADA: A representação da Nação em três romances indianos de língua inglesa

UMA PRAJA AINDA IMAGINADA: A representação da Nação em três romances indianos de língua inglesa

Referência: 9788577510207


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UMA PRAJA AINDA IMAGINADA
A representação da Nação em três romances de língua inglesa 
Cielo G. Festino
288 p., 2007, 14x21 cm, co-edição com a Edusp
ISBN 978-85-7751-020-7

Este livro é um trabalho exemplar no estudo das complexas relações entre literatura e história. Neste caso, a análise de três romances indianos de língua inglesa vale como passaporte para um conhecimento amplo também da história da Índia moderna.

Na pitoresca linguagem diplomática e da indústria cultural, a Índia é um país “emergente”, como o Brasil, a China e outros. Mas, pode-se perguntar: emergindo de onde? e para onde? O que resta, contudo, é que por aqui pouquíssimo, ou quase nada, sabemos sobre a Índia, seja sua literatura, seja sua história.

O foco deste livro excepcional é, como diz seu subtítulo, o estudo da representação da Nação indiana em três narrativas da tradição indo-inglesa: O palácio do espelho, de Amitav Ghosh (no Brasil, Objetiva, 2006); Um moço apropriado, de Vikram Seth (sem edição no Brasil); O deus das pequenas coisas, de Arundhati Roy (Companhia das Letras, 1998). O tempo ficcional desses três romances problematiza a história da Índia a partir da Independência, em 1947, passando pela Segunda Guerra Mundial e chegando até os anos 1960, conforme a perspectiva articulada pelos três autores nas décadas de 1990 e 2000.

Nas palavras exatas da autora, “a Nação é metáfora central na tradição do romance indiano de língua inglesa, uma vez que a história da Independência da Índia e a formação da Nação constituem um processo ideológico e emocional que afetou todo o subcontinente. Como tentaremos demonstrar no presente trabalho, tendo começado no século XIX, esse processo continua ainda hoje, tornando-se um ‘grande reservatório’ de material literário”.

A Praja do título é expressão precisa e preciosa colhida em texto do Mahatma Ghandi e implica o desejo de concretizar o ideal de uma Nação (Praja) para todos, integrando no subcontinente indiano as classes e as castas, as religiões e culturas, buscando superar as diferenças e desigualdades, constituindo uma unidade nacional moderna, sem discriminação nem opressão. É um sonho em processo, repassado de contradições e conflitos.

São problemas candentes e atuais da Índia, que guardam inesperada ressonância com problemas das sociedades brasileira e latino-americanas, e não só porque seríamos emergentes em comum. A diferença nos une, apesar de tudo e das imensas distâncias...

Valentim Facioli

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Sobre o autor: Cielo G. Festino é mestre e doutora em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo. Fez um programa de pós-doutorado sobre ensino de literaturas de língua Inglesa na Universidade de São Paulo e um segundo pós-doutorado sobre o conto nas línguas vernáculas da Índia, de autoria feminina, na Universidade Federal de Minas Gerais. É professora de literaturas de língua inglesa na Universidade Paulista, São Paulo e professora colaboradora do programa de Mestrado da Universidade Federal de Tocantins.

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SUMÁRIO:

Agradecimentos - 11

Prefácio - 1

Intrdoução                                                                                                                                                                                                                                                                                     A literatura indiana de língua inglesa - 19
Em foco: a Nação indiana na literatura indo-inglesa - 21
Resgatando o ideal de Gandhi: uma Praja para todos - 27
Olhando além da metáfora literária - 29
Três slokas do palimpsesto - 31

CAPÍTULO 1
A Nação indiana na história e na literatura
1.1. Imaginando a Nação - 35
1.1.1. Conceitos de nação em contraponto - 37
1.1.2. A Nação indiana: entre o espiritualismo e o materialismo - 45
1.1.3. Mahatma Gandhi: o espiritualismo como ética - 53
1.1.4. Jawaharlal Nehru: uma nação plural e tolerante - 58
1.2. A Nação no romance indiano de língua inglesa - 62
1.2.1. A indigenização do gênero romance - 64
1.2.1.1. O hibridismo como tropo narrativo - 68
1.2.1.2. A história como tropo narrativo - 75
1.2.2. A Nação indiana através da metáfora - 78
1.2.2.1. O passado histórico como metafora -79
1.2.2.2. Entre o vilarejo e a violência comunalista - 81
1.2.2.3. A saga familiar - 88
1.3. Uma Praja ainda imaginada - 93

CAPÍTULO 2
O palácio de espelho
A conquista das fronteiras externas da Nação: abimsa ou luta armada?
2.1. Entre as linhas de sombra - 97
2.2. Ahimsa ou luta armada? - 104
2.2.1. Uma e Ariun - 107
2.2.1.2. O swaraj de Uma - 111
2.2.1.3. A condenação de Arjun. - 118                                                                                                                                                                                                                                2.2.1.4. Arjun e seu dharma - 132
2.3. A força das armas e a força da alma - 149
2.4. Uma nova sloka do palimpsesto - 151

CAPÍTULO 3
Um moço apropriado
Imaginando a Nação em termos do secularismo e do temperamento científico
3.1. A Nação na poética de Vikram Seth - 153
3.2. A Praja nehruviana em Um moço apropriado - 160
3.2.1. Personagens, tempo e lugar - 160
3.2.2. O espiritualismo - 169
3.2.2.1. A religião como dogma - 169                                                                                                                                                                                                                                          3.2.2.2. Comunalismo e secularismo - 179
3.2.2.2.1. Comunalismo e secularismo no âmbito do ghar - 189
3.2.2.2.2. Comunalismo e secularismo no âmbito do bahir - 189
3.2.3. O temperamento científico - 201
3 2 3 1. A reforma agraria - 204
3.2.3.2. A república do vilarejo e a reforma agrária - 206
3.2.3.3. Entre industriais e artesãos - 212
3.3. Entre Nabiganj e o Ganges - 2016
3.4. Uma outra nova sloka do palimpsesto - 2019

CAPÍTULO 4
O deus das pequenas coisas
Ressignificando o dharma
4.1. Recontando a história através da estória - 221
4.2. O desafio dos deuses das pequenas coisas - 225
4.2.1. O lugar e o tempo - 225
4.2.2. Desconstruindo a história oficial - 229                                                                                                                                                                                                                              4.2.3. A Casa de Ayemenem: deste lado do Meenachal - 238
4.2.4. Do outro lado do Meenachal: a Casa da História - 254
4.3. Cruzando as linhas de sombras - 264

Considerações finais - 267

Referências bibliográficas
1. Obras citadas- 277
1.1. Obras teóricas - 277
1.2. Obras ficcionais - 282
2. Obras consultadas - 283
2.1. Obras teóricas - 283
2.2. Obras literárias - 286

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