Alfredo Andersen - retratos e paisagens de um norueguês caboclo, de Amélia Siegel Corrêa
Referência: 9788579392757
Quando o pintor norueguês Alfredo Andersen (1860-1935) desembarcou no Brasil em 1893, não imaginava que ali permaneceria o resto de sua vida. Teve sua formação artística realizada em ateliês particulares na Noruega e na Academia de Belas Artes de Copenhagen, na Dinamarca.
Gostava muito de navegar e chegou ao Paraná por um acaso, mas ali permaneceu por conta das relações que criou, especialmente com a população nativa e com os imigrantes. Encontrou uma clientela ávida por suas pinturas e criou uma importante escola de pintura em Curitiba no começo do século XX.
No entanto, a imagem construída pela historiografia regionalista, que o elevou à categoria de pai da pintura paranaense não parece dar conta das tensões e ambiguidades que perpassaram a sua trajetória. O livro busca contar a história da transformação deste pintor marinheiro em norueguês caboclo, sempre em conexão com o seu entorno, lançando nova luz sobre este importante artista brasileiro.
Sobre a autora: Amélia Siegel Corrêa nasceu em Curitiba, Paraná. Graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná, onde conclui também seu Mestrado em 2006. Doutorou-se em Sociologia na Universidade de São Paulo em 2012, com bolsa FAPESP. Atualmente é pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPR e também professora da Pós-Graduação em História Social da Arte da PUC-PR.
Sumário
Lista de fotos - 9
Apresentação - 11
Introdução - 13
Cap. 1 – Retratos (de) noruegueses - 33
Pintor em formação - 47
Tradição e vanguarda na ar te norueguesa - 52
Retrato de Hamsun quando jovem - 54
Cap. 2 – Paisagem e cultura na terra dos fiordes - 63
O romantismo nacional - 66
Nacionalismo e política: a busca de um caminho próprio - 71
Paisagem e cultura - 73
Pintor a bordo: em busca de aventuras e outras paisagens - 80
Cap. 3 – Retratos (de) paranaenses - 87
Fotografia, uma aliada - 90
Ao gosto do freguês, ou como ser civilizado em Paranaguá - 94
Nos trilhos da modernidade: da sociabilidade com os engenheiros estrangeiros - 106
Políticos e literatos, trocas e favores - 114
Cap. 4 – Retratos da terra, paisagens do mar - 139
Pintura de paisagem no Brasil: da Academia Imperial de Belas Artes ao grupo Grimm - 142
Paisagem, regionalismos e identidade - 147
Pintando o litoral - 160
Cap. 5 – Exposições e ensino artístico na Belle Époque curitibana - 181
A Escola de Artes e Indústrias e as primeiras exposições - 184
Arte para o proletariado - 193
A Associação Comercial do Paraná toma as rédeas (ervateiros no comando) - 200
Professor Alfredo - 207
Cap. 6 – Imigrantes e caboclos no Brasil diferente - 217
As Anas de Andersen - 222
Exclusão paranista e refúgio doméstico - 227
Duas raças: experiência imigrante e tensões sociais - 241
Tipos regionais, tipos nacionais - 246
De pintor marinheiro a norueguês caboclo - 253
Norueguês Caboclo - 261
Referências - 267
Anexo - Produção artística - 287
Agradecimentos - 301
Caderno de imagens - 305