André Luiz Barros da Silva

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  • Sensibilidade, coquetismo e libertinagem, de André Luiz Barros da Silva

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Sensibilidade, coquetismo e libertinagem, de André Luiz Barros da Silva

A Pamela inglesa, as Pamelas francesas e as mudanças éticas e estéticas do século XVIII

O romance Pamela, de Samuel Richardson (1740), inova ao misturar detalhismo na descrição das cenas cotidianas e dos sentimentos da protagonista.

Pressionada pela perseguição empreendida por seu patrão, o poderoso magistrado Mr. B, num misto de opressão social explícita e fantasia erótica sub-reptícia, Pamela vira símbolo realista de uma ética hiper-idealista – paradoxo que só enriquece esse momento definidor de um novo contrato entre obra e leitor. Voltaire, Rousseau e Diderot respondem com obras próprias a tal abalo cultural.

Outros autores, hoje desconhecidos – Boissy ou d’Aucour –, atuam como fomentadores do embate entre a "sensibilité" e a "libertinage" – entre a mímese que exige empatia e a do cinismo distanciado. Diderot será o teórico sutil do novo momento, em ensaios sobre o teatro ou mesmo em seus romances, como A Religiosa. Faz um hiperbólico (e brilhante) Elogio a Richardson com vistas a descrever o novo pacto de leitura no Ocidente.

Se Marivaux cria uma personagem coquete que resiste à centralidade masculina e Voltaire se afasta do aristocratismo rumo ao enternecimento, Crébillon fils criará o tipo do libertino, deixando claro o tensionamento ético que se joga no tabuleiro do drama, do romance e da teoria da nova verossimilhança, a definir o campo estético da Europa do momento, entre França e Inglaterra, entre o antigo classicismo e a nascente modernidade estética.

Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é pesquisador do século XVIII francês e inglês, tem ensaios sobre Diderot, Rousseau e Sade. Tradutor de Sade (Novelas trágicas, 2008). Tenta flagrar os ecos das tensões do século XVIII no Brasil do XIX ou XX, em ensaios sobre Machado de Assis, Raul Pompeia ou João do Rio.

 

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A Saga da Sátira
Um gênero moderno em Macedo, Machado, 
Pompeia, Swift e Voltaire

de André Luiz de Barros da Silva

Sátira é gênero pré-moderno de difícil definição. Pode-se, porém, destrinchar séculos de cultura e resumir: ela traz ataques aos vícios da sociedade flertando com o grotesco e o obsceno; favorece a mistura de estilos e a fabulação inverossímil. Dos satíricos antigos (de Arquíloco a Luciano e Pérsio), extrai-se uma silhueta da sátira para flagrá-la na modernidade. Analisar textos de Swift e Voltaire é chegar da sátira antiga ao conto filosófico iluminista e além.
Por exemplo, à passagem ao Brasil, onde vira gênero privilegiado da cultura do XIX e início do XX. Basta lembrar de nossos satíricos, de Martins Fontes a Lima Barreto, de Porto-Alegre a João do Rio, de Macedo a Machado de Assis. O que explica o pendor brasileiro ao satírico? 

Neste livro, tenta-se responder a tal questão pela história concreta: num país de pouquíssimos leitores, teatro e jornais apostaram na leveza cômica e na crítica desbragada para atingir público amplo. A transposição do clima político galhofeiro europeu é um pedaço da história. O importante é percorrer obras de Macedo (A luneta mágica), Machado (Memorial de Aires, Pílades e Orestes…) e Raul Pompéia (O Ateneu) para flagrar a fabulação satírica transmudada para solo e alma brasileiros. Bem como traços da raiva e do riso devotados à impostura de alpinistas sociais e meritocráticos – eis a Teoria do medalhão, o Alienista, os homens que sabem javanês e a sociedade que condena Policarpo Quaresma pelo crime de… idealismo. Eis a saga completa.


Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é professor de Literatura Brasileira da UNIFESP. Autor de Sensibilidade, coquetismo e libertinagem (2019), investiga transformações culturais que levam a uma modernidade problemática em autores como Diderot, Sade, Voltaire, Machado, Pompéia ou João do Rio. Traduziu Novelas trágicas, de Sade (2018).

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Sumário:

A sátira como gênero antigo e seu destino na modernidade (e no Brasil) - 7
Jonatham Swift, Voltaire e a sátira na virada para a modernidade - 24
O ambiente satírico no Brasil do século XIX - 55
Macedo e Machado: sátira e conto filosófico no século XIX brasileiro - 87
Machado de Assis e Borges: dois classicistas em plena modernidade - 105
Fala represada e amor transbordante: amizade e amor segundo Machado de Assis - 133
Um narrar a menos: o Conselheiro e seu Memorial - 157
Estética e filosofia da reconciliação em Machado de Assis e Raul Pompeia - 185
A linguagem autodevoradora: a satirização da retórica em Pompeia - 197

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Combate de luz e trevas 
Diderot, Sade e o século XVIII literário

de André Luiz Barros da Silva

As trevas se imiscuíam no Século das Luzes. O Marquês de Sade foi escritor-símbolo desse lado obscuro. Redescoberto no conturbadíssimo século XX, o provocador foi confundido com um filósofo pelo avesso, quando foi um pintor da fantasia humana – a mental e a corporal. Várias vezes encarcerado, Sade retrata o avesso do sentimentalismo do qual Rousseau foi o pensador e o romancista genial. Antissentimental, professa a frieza do libertino que, como sua fama demonstrou, não escamoteará a violência – as trevas. Casanova, veneziano que circulará e se envolverá com mulheres por Paris e pela Boêmia, perseguirá libertinagem mais leve: seu amoralismo com as mulheres favorece encontros comoventes, de tão erotizados.

Sade e Casanova foram outsiders, um tachado de perverso, o outro, de aventureiro. Diderot, fomentador cultural em Paris (editará a Enciclopédia) e amigo da intelectualidade prestigiada, manterá um lado obscuro na obra: textos votados a Espinoza (o filósofo maldito e excomungado) ou a um materialismo que prepara o cientificismo moderno (muitos surgidos só depois de sua morte). Tendo sido preso jovem, Diderot fará de tudo para nunca mais sê-lo: amigo até da imperatriz Catarina, da Rússia, bem como do acadêmico D’Alembert, usará de estratégia (inclusive satírica) para escrever o que pensa sem irritar o inimigo – o Estado absolutista cristão. A modernidade nascerá desse chiaroscuro francês.


Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é professor de Literatura da UNIFESP. Autor de Sensibilidade, coquetismo e libertinagem, investiga transformações culturais que levam à modernidade problemática em Diderot, Sade, Voltaire, Machado ou Pompéia. Traduziu Novelas trágicas, de Sade.

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Sumário:

Sade imagina o desejo – A fantasia na obra do marquês - 7
Sade, mestre dos excessos e da apatia - 31
Rousseau, Sade e Casanova: estratégias de sensibilité pura e de libertinagem artificiosa - 47
Como narrar o banal? – Jacques le fataliste sem destino e sem juízo final - 63
Ecos de Luciano e dos romances antigos em Diderot e Desmarets - 83
Jacques le fataliste: dialogismo, antifinalismo, espinosismo e o desejo moderno -109
Diderot e a questão moral, entre costumes, política e arte - 135

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