Revista de Gastronomia, História e Cultura: arrozfeijão - nº 0
Feira da USP 2024

Revista de Gastronomia, História e Cultura: arrozfeijão - nº 0

Marca: Alameda Editorial Modelo: 2020

  • Páginas: 100 páginas
  • Medida: Altura: 01cm, Largura: 14cm, Comprimento: 21cm
  • Peso: 500g

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arrozfeijão é...

Disse Câmara Cascudo que “O povo come arroz indiferentemente, como quem saúda amigo vulgar no mecanismo da obrigação diária”. Esta indiferença na comensalidade por vezes se reflete também na teoria, com a propagação de informações imprecisas sobre a suposta origem asiática do arroz, enquanto há hipóteses consistentes (de Hoehne, por exemplo) de que este já era ingerido por aqui antes da chegada dos portugueses, ainda que em sua espécie selvagem e não sativa.

Já o feijão, é descrito pelo escritor Eduardo Frieiro como “o pai de todos”. E no poema do mineiro Belmiro Braga em viagem à Bélgica, evoca exatamente o conforto de sentir-se em terra natal mesmo estando distante: “Que almoço e que jantar! E a pena leve / se emperra e as pautas do papel arranha: / E a pena tem razão... ninguém descreve / Um tutu de feijão em terra estranha”.

Em Os parceiros do Rio Bonito, Antonio Candido diz que “arroz e feijão são, por excelência, a comida; o resto, se chama mistura, de modo significativo. Aquela permanece; esta falta muitas vezes, ou aparece em quantidade insignificante”. Na literatura epicurista brasileira, o binômio arroz e feijão une, assim, a constância do cotidiano ao prazer da sapidez e o conforto da saciedade.

arrozfeijão é o trivial que sustenta combinações infinitas de misturas, evocando os aspectos mais costumeiros da alimentação para ilustrar como esta pode nos dar pistas sobre nossa história e identidade. Assim como pode (e talvez até deva) também ser tratada sem pompa nem circunstância tanto pela intelectualidade quanto pelos trabalhadores das cozinhas do nosso país, sem com isso perder profundidade.

O habitual também pode ser um deleite.

Tá na mesa!

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