A experiência Rex, de Fernanda Lopes
“Éramos o time do Rei”
O Grupo REX, formado por Wesley Duke Lee, Nelson Leirner e Geraldo de Barros, Carlos Fajardo, José Resende e Frederico Nasser, expressa sua inconformidade com o precário mercado de arte brasileiro através de manifestos polêmicos e bem humorados, como o jornal-boletim “Rex-Time”, cuja primeira edição possuia a seguinte manchete: “AVISO: É A GUERRA”.
O livro de Fernanda Lopes analisa a formação e atuação do Grupo Rex no contexto da arte brasileira na segunda metade dos anos 1960, em apenas um ano exigiram um espaço produtivo para a arte contemporânea, inconformados com a ausência de espaço para opiniões transgressivas e inovadoras no sistema de arte. A autora enfatiza a importância do grupo para seu tempo e a singularidade de sua contribuição e influência para os artistas que vieram depois, insistindo que o meio de arte brasileiro tem muito o que aprender.
A galeria do grupo, a “Rex Gallery & Sons”, constituiu um centro vivo de informações sobre arte contemporânea, um verdadeiro “museu experimental”. Os Rex foram estimuladores culturais consistentes, que mostraram ser possível integrar uma pesquisa criadora à atuação educativa.
As passagens dessa saga memorável são cuidadosamente descritas e analisadas pela autora, que não se rende ao fascínio por esse capítulo palpitante da década da cultura brasileira e ocidental, conseguindo demonstrar com segurança e verve a singularidade da contribuição do Grupo em seu contexto sócio-cultural. Dessa maneira, A experiência Rex é um dos ensaios mais densos sobre um dos mais importantes grupos de arte contemporânea brasileira.
Sobre o autor: FERNANDA LOPES é mestre em História e Crítica de Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ). Desde 2001 colabora com jornais e revistas como Bravo! e Gazeta Mercantil. Foi pesquisadora colaboradora no livro “Crítica de Arte no Brasil: Temáticas Contemporâneas” (Funarte, 2006), e assistente de curadoria na exposição “Arte Como Questão – Anos 70” (Instituto Tomie Ohtake, SP, 2007).
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SUMÁRIO:
PREFÁCIO - 7
INTRODUÇÃO - 15
CAPÍTULO I
AVISO: É A GUERRA - 25
O time do rei - 38
Um grito de basta - 47
"Aviso: é a guerra". Sempre foi - 56
As obras Rex - 70
Os Sex-Artistas - 89
CAPÍTULO II
AS REFERÊNCIAS - 97
REXdescoberta do Brasil - 100
Oswald de Andrade - 107
O Rei da Vela:
Oswald de Andrade e o Teatro Oficina - 113
Flávio de Carvalho:
"Eu sou um contra mil" - 127
Grupo Rex, arte pop e Marcel Duchamp - 142
IMAGENS - 169
CAPÍTULO III
AVISO: A GUERRA CONTINUA - 179
A escola Brasil: e o ensino da arte - 194
Wesley Duke Lee e o "rompimento" com o mercado de arte brasileiro - 216
Xeque-mate: Nelson Leiner e o sistema de arte - 215
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THE REX IS DEAD. LONG LIVE THE REX - 229
BIBLIOGRAFIA - 237
AGRADECIMENTOS - 257
ÍNDICE ONOMÁSTICO - 263