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Um registro da história do nosso tempo
Uma inesquecível e enigmática surpresa em cinco entrevistas
 
            O curador suíço Hans Obrist é um homem fascinado por arte, conversas, trocas e pela energia e delicadeza que podem surgir quando alguém encontra alguém, e dessa circunstância nasce um acontecimento especial. E é isso que o autor apresenta neste livro, em entrevistas com cinco dos mais importantes artistas plásticos contemporâneos: Matthew Barney, Maurizio Cattelan, Olafur Eliasson, Cildo Meireles e Rirkrit Tiravanija – nomes que de diferentes maneiram promoveram a recuperação do artista como agente político, em incessante diálogo com a história da arte e em permanente conflito com o poderoso circuito composto pelo mercado, por museus e instituições de toda ordem.
Aqui, não se trata apenas de entrevistas com artistas e arquitetos de nossa geração, Hans Ulrich Obrist tanta prosseguir naquilo que o historiador britânico Eric Hobsbawm chamou de “protesto contra o esquecimento”. Em suas entrevistas, o autor tenta preservar traços de saber, a inteligência dos últimos 50 anos, procurando resistir ao esquecimento sistemático. “Resistir a esse esquecimento é parte essencial dos livros de entrevista”, afirma Obrist.
Mas, além, da arte e sua situação agora, Hans Ulrich Obrist mostra curiosas, engraçadas, violentas e sempre fascinantes visões sobre o mundo, o homem, a sociedade, a humanidade e seu destino. A cada encontro, uma inesquecível e enigmática surpresa. Este é, afinal, um livro de conversas, em que a idéia primordial é registrar a história de nosso tempo.
 
O autor: Hans Ulrish Obrist (Suíça, 1968) vive e trabalha em Londres. Ele é co-editor de exposições e diretor para projetos internacionais na Serpentine Gallery. Obrist trabalhou com diferentes instituições e projetos, e realizou mais de 90 exposições como curador, entre elas Do it (1994), Iª Bienal de Berlim (1998), Retrace Your Steps: Remember Tomorrow (Sir John Soane’s Museum, Londres 1999-2000) e Utopia Station (50ª Bienal de Veneza, 2003).
 
Os artistas entrevistados por Hans Ulrish Obrist:
Matthew Barney nasceu em 1967, em San Francisco, Califórnia. Vive e trabalha em Nova York. Foi criado em Idaho, onde viveu com seu pai, e em Nova York, com sua mãe – onde teve o primeiro contato com a arte. Barney foi lutador e jogador de futebol americano no colégio, e estudou medicina em Yale antes de se transferir para o departamento de arte e se graduar na área. Em 1994, começou a trabalhar em seu épico, o ciclo Cremaster (1994-2002), um filme em cinco partes acompanhado por uma série de esculturas, fotografias e desenhos. Participou de vários projetos e exposições. Em 2006, Barney apresentou Drawning Restraint 9, com trilha sonora composta por sua mulher, a islandesa Björk.
Maurizio Cattelan nasceu em Pádua, na Itália. Atualmente, vive e trabalha em Nova York. Cattelan não cursou escola de arte, é um autodidata que passou por uma série de estranhos empregos, incluindo o de designer de móveis. Realizou suas primeiras exposições no início dos anos 90, e rapidamente recebeu aclamação geral, participando de várias amostras internacionais. Organizou em 1999 a 6ª Bienal do Caribe e participou da Bienal de Veneza de 2001 (49ª Biennale di Venezia). Realizou muitas exibições individuais nos Estados Unidos e Europa, e entre as instituições estão Le Consortium, Dijon, França (1997); Museum of Modern Art, Nova York (1998) e muitas outras.
Olafur Eliasson nasceu em 1967 em Copenhagen, Dinamarca. Ele vive e trabalha em Berlim, Alemanha. Freqüentou a Real Academia de Arte em Copenhagen de 1989 e 1995. Após sua graduação, Eliasson toma rapidamente um lugar no circuito internacional de arte com uma série de exibições individuais em grandes instituições, incluindo Kunsthalle, em Basel (1997); De Appel Foundation, Amsterdã (1999); Kunstverein, Wolfsburg (1999); The Museum of Modern Art, Nova York (Projectseries, 2002) e muitas outras.
Cildo Meireles nasceu em 1948 no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Passou parte de sua infância e adolescência em Brasília, e estudou na Escola Nacional de Belas Artes e Escola do Museu de Arte Moderna, na capital carioca. Sua primeira exposição em um museu aconteceu em 1967, quando Meireles se alinhou aos procedimentos da geração de artistas brasileiros neoconcretos. Seus trabalhos têm sido mostrados em exposições individuais em diferentes museus e instituições, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museum of Modern Art, em Nova York (1995), IVAM (Institut Valencià d’Art Modern), Valência (1995) entre outros.
Rirkrit Tiravanija nasceu em 1961, em Buenos Aires, Argentina. Hoje vive e trabalha em Bangcoc, Berlim e Nova York. Cresceu em uma família de diplomatas tailandeses, estudou arte no College of Art, em Toronto, Canadá, e ainda na Banff Center School of Fine Arts, no mesmo país, School of the Art Institute of Chicago e no Whitney Independent Studies Program, em Nova York. Durante a década de 90, Tiravanija participou de várias exibições, e para cada uma delas criou um novo espaço de interação ou situações que pudessem ser desenvolvidas a fim de existirem por si mesmas. Desde então, não parou de realizar trabalhos e exposições por diversos lugares.

 

ISBN: 85-98325-38-4

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