Napoleão Bonaparte - Imaginário e política em Portugal, de Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves
Feira da USP 2024

Napoleão Bonaparte - Imaginário e política em Portugal, de Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves

Marca: Alameda Modelo: 2008 Referência: 978-85-98325-66-8

  • Medida: Altura: 02cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
  • Páginas: 364 páginas
  • Peso: 510 gramas

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Napoleão Bonaparte - Imaginário e política em Portugal, de Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves

O outro lado de 1808

O Portugal que foi deixado à mercê de Napoleão Bonaparte

Muito se escreveu e se fala sobre a chegada da corte portuguesa ao Brasil; também por isso, o livro de Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves traz, sem dúvida, um sopro oxigenador.

Em Napoleão Bonaparte – Imaginário e política em Portugal, não lhe interessam Dona Maria, Dom João, Dona Carlota Joaquina, a abertura dos portos, o Banco do Brasil ou os demais acontecimentos espetaculares. Sua proposta é inovadora, ao vasculhar um Portugal abandonado, à mercê dos franceses, sacudido pelas insatisfações populares, que foram veiculadas em protestos ora contraditórios, ora polarizados, mas, na maior parte das vezes, enraivecidos contra os ocupadores e o seu líder maior, Napoleão Bonaparte.

A opção metodológica é radical, com o povo sendo o objeto das atenções da autora. Enquanto estes, mesmo que de forma conservadora, execravam os franceses, a nobreza que permaneceu em Portugal flertava com os invasores. Alguns inclusive passaram a embandeirar-se com as tropas francesas, deixando-se enfeitiçar pelos princípios defendidos por Napoleão e que corroíam as bases do mundo do Antigo Regime, que era o de Portugal, configurando uma situação paradoxal.

Napoleão Bonaparte – Imaginário e política em Portugal, portanto, é um livro obrigatório: não apenas por causa da efeméride, mas, sobretudo, apesar dela. Priorizando o contexto político português, apresenta-o, contudo, na relação com os demais contextos europeus e, principalmente, com o da principal possessão ultramarina, o Brasil, de repente travestido em cabeça do corpo político. Ensina-nos como distinguir aspectos, que viciados por dois séculos de interpretações muito vincadas, não estávamos habituados a observar.

(Texto adaptado da orelha de Laura de Mello e Souza)

 

Sobre a autora: Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves é doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e professora titular de História Moderna da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sua pesquisa é voltada para a área de História política, intelectual e cultural do Brasil e Portugal, séculos XVIII e XIX.

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SUMÁRIO

Prefácio - 9

Explicações necessárias -15

De mitos e panfletos – 19

Napoleão Bonaparte: O homem e a história - 31

Portugal e as invasões francesas - 69

Mitos e representações em torno de Napoleão Bonaparte - 119

Partidistas, jacobinos e afrancesados - 183

As vozes do patriotismo português contra Napoleão e seus satélites - 231

Persistências de um passado glorioso, mas anúncio de uma política moderna? - 275

Fontes - 297

Bibliografia - 319

Anexo n° 1 - 335
Anexo n° 2 - 344
Anexo n° 3 - 349

Agradecimentos - 359

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