Por onde andará Machado de Assis, de Ayrton Marcondes
Referência: 85-86372-73-0
Por onde andará Machado de Assis? Por Arton Marcondes
Uma investigação original sobre Esaú e Jacó, de Machado de Assis, num texto que é romance e ensaio
Por onde andará Machado de Assis?, de Ayrton Marcondes, é um romance/ensaio que busca estabelecer diálogo com a obra de Machado de Assis através das personagens de Esaú e Jacó. Decorridos 100 anos desde a publicação do livro de Machado, sobre ele se sobrepuseram várias vertentes de análise invariavelmente ligadas aos perfis críticos adotados em cada época.
Em Por onde andará Machado de Assis?, essas linhas de pesquisa são retomadas, fundindo-se num só trabalho análises de contemporâneos de Machado, como José Veríssimo, biógrafos como Lúcia Miguel Pereira e estudiosos mais recentes como Alfredo Bosi, entre outros.
Partindo dessa premissa, o livro recompõe detalhadamente a cidade do Rio de Janeiro, flagrada em fins do século XIX e inícios do século XX. Para esse ambiente, onde se moveram o Conselheiro Aires e o próprio Machado de Assis, é enviado um detetive de narrativas – um padre – cuja missão é encontrar as personagens de Esaú e Jacó, para com elas estabelecer um diálogo. Munido de ecos da posteridade de que foi enviado, o padre circulará por um mundo desfeito, equilibrando-se entre o real e o imaginário.
Durante esta travessia, cheia de imprevistos, poderão, o padre – assim como o leitor de Machado por ele representado – traçar paralelos entre o texto machadiano e as interpretações que sobre ele se apuseram ao longo de todo um século.
Embora Por onde andará Machado de Assis? se ocupe de Esaú e Jacó, não se faz necessária a leitura prévia deste último para a sua compreensão. Ao abarcar não só este, mas outros textos machadianos, a obra de Ayrton Marcondes insere-se no vasto contexto de trabalhos sobre Machado de Assis que ultimamente têm despertado a atenção de críticos e do público em geral.
Ao optar pela forma de romance, sem contudo se descurar da exatidão quanto a locações e idéias desenvolvidas, pretendeu o autor poupar ao leitor os rigores dos trabalhos acadêmicos com suas inevitáveis citações. Desta premissa resultou uma narrativa instigante cujo objetivo é integrar o leitor contemporâneo ao mundo de Machado de Assis.
.....................................
Sobre o autor: Ayrton Cesar Marcondes é médico e escritor. Nos últimos 20 anos vem se dedicando à pesquisa nas áreas de História do Brasil e Literatura. Entre outras obras, publicou Canudos, As memórias do Frei Evangelista de Monte Marciano (Ed. Best Seller, 1997) e Campos Salles, uma investigação na República Velha (EDUSC, 1999).
..................................
SUMÁRIO:
Ao leitor - 5
Prólogo - 7
Capítulo primeiro: Águas turvas - 11
Capítulo segundo: O desembarque - 13
Capítulo terceiro: No largo do paço - 15
Capítulo quarto: A fé remove montanhas - 17
Capítulo quinto: O eterno retorno - 19
Capítulo sexto: Anjos pardos - 21
Capítulo sétimo: Bismark - 23
Capítulo oitavo: Ruas do Rio - 25
Capítulo nono: O que não se explica - 27
Capítulo nono: Mr. Strangford - 29
Capítulo décimo primeiro: Quase delírio - 31
Capítulo décimo segundo: Presos por fios - 33
Capítulo décimo terceiro: Da natureza dos relatos - 35
Capítulo décimo quarto: Regras e códigos - 37
Capítulo décimo quinto: A bordo da Carrimpana - 39
Capítulo décimo sexto: Morro acima - 41
Capítulo décimo sétimo: O que não se explica - 43
Capítulo décimo oitavo: A igreja de São José - 47
Capítulo décimo nono: Nóbrega - 51
Capítulo vigésimo: Espiritismo - 53
Capítulo vigésimo primeiro: Adornos de espera - 55
Capítulo vigésimo segundo: Plácido - 57
Capítulo vigésimo terceiro: A jogatina - 59
Capítulo vigésimo quarto: Uma conclusão óbvia - 65
Capítulo vigésimo quinto: O inferno de cada um - 67
Capítulo vigésimo sexto: Um salto - 71
Capítulo vigésimo sétimo: As contas do Rosário - 73
Capítulo vigésimo oitavo: Alça de caixão - 77
Capítulo vigésimo nono: Esses aires - 79
Capítulo trigésimo: Um grande sonho - 83
Capítulo trigésimo primeiro: Correntes de pensamento - 85
Capítulo trigésimo segundo: Em torno de Aires - 91
Capítulo trigésimo terceiro: A Política - 93
Capítulo trigésimo quarto: Ironia e paciência - 97
Capítulo trigésimo quinto: Seres imaginários - 99
Capítulo trigésimo sexto: Um conservador - 103
Capítulo trigésimo sétimo: Ninguém pode servir a dois senhores - 107
Capítulo trigésimo oitavo: Uma fatalidade - 111
Capítulo trigésimo nono: D. Cláudia - 117
Capítulo quadragésimo: Palavra de pai - 119
Capítulo quadragésimo primeiro: Impressões - 121
Capítulo quadragésimo segundo: A comissão - 123
Capítulo quadragésimo terceiro: Caminhos - 127
Capítulo quadragésimo quarto: Ilusões - 129
Capítulo quadragésimo quinto: Figurantes - 131
Capítulo quadragésimo sexto: Anjos - 133
Capítulo quadragésimo sétimo: Santos e Nóbrega - 137
Capítulo quadragésimo oitavo: Dupliciadade - 139
Capítulo quadragésimo nono: O jogo - 141
Capítulo quinquagésimo: O arrivista - 143
Capítulo quinquagésimo primeiro: Um descaminho - 147
Capítulo quinquagésimo segundo: Natividade - 151
Capítulo quinquagésimo terceiro: Visita impertinente - 155
Capítulo quinquagésimo quarto: Sobre o ódio - 157
Capítulo quinquagésimo quinto: Flora - 161
Capítulo quinquagésimo sexto: Sobre resumos e cópias - 163
Capítulo quinquagésimo sétimo: Mnemosine - 165
Capítulo quinquagésimo oitavo: O nó se desata - 169
Capítulo quinquagésimo nono: Assunto inevitável - 171
Capítulo sexagésimo: Aires - 173
Capítulo sexagésimo primeiro: De olhos bem fechados - 177
Capítulo sexagésimo segundo: Até a última página - 179
Capítulo sexagésimo terceiro: Confissão apressada - 183
Capítulo sexagésimo quarto: Fotografia - 185
Capítulo sexagésimo quinto: Retorno a Andaraí - 187
Capítulo sexagésimo sexto: Crime? - 189
Capítulo sexagésimo sétimo: Fala irmã - 191
Capítulo sexagésimo oitavo: Dor profunda - 197
Capítulo sexagésimo nono: Machado de Assis - 199
Capítulo septuagésimo: Filosofia - 201
Capítulo septuagésimo primeiro: Perto do fim - 203
Capítulo septuagésimo segundO; No cemitério - 205
Sobre o autor - 207
***