O Chocalho de Brás Cubas

O Chocalho de Brás Cubas

Referência: 9788577510375


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Este livro examina, analisa e interpreta um dos romances mais
importantes e mais complexos de Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás
Cubas.
O autor, Paul Dixon, é um pesquisador experiente, estudioso de
Machado (e do Brasil) há muitos anos, tendo publicado livros e ensaios diversos
sobre nosso escritor maior. Dixon é também conhecedor atualizado e atento da
vasta produção crítica já existente sobre a obra de Machado.
Com esse
cabedal e essas credenciais o crítico segue caminhos novos para enfrentar as
Memórias Póstumas. Seu instrumental teórico principal se apoia na
Fenomenologia, o que lhe exige compreender e revelar as múltiplas conexões
internas organizadas no romance, em busca das suas características de obra de
arte, da riqueza de sua mensagem e dos valores humanos ali presentes.
Dixon
alinha-se com Antonio Candido, que diz: “Em Machado, juntam-se por um momento os
dois processos gerais da nossa literatura: a pesquisa dos valores espirituais,
num plano universal, o conhecimento do homem e da sociedade locais. Um eixo
vertical e um eixo horizontal, cujas coordenadas delimitam, para o grande
romancista, um espaço não mais geográfico ou social, mas simplesmente humano,
que os engloba e transcende.”
Assim, este livro investiga as características
locais e universais das personagens, as linhas narrativas, as ricas imagens que
se intercruzam e se remetem mutuamente, e um conjunto extraordinário de relações
que Machado construiu com muita astúcia e muita inovação.
O leitor percorre,
junto com Dixon, um tecido narrativo no qual as partes, mesmo as menores e
aparentemente insignificantes, concorrem para um efeito de conjunto, o que exibe
com eloquência o extraordinário trabalho compositivo em que Machado se empenhou.
Demonstra que nada nas Memórias Póstumas é gratuito, tudo, ao contrário,
é revelador e concorre para que o romance seja o que é: uma obra-prima estética
e humana.
Essa conclusão seria um simples clichê, já estabelecido desde que
o romance saiu em 1880/1881. Porém, o esforço de análise e interpretação de Paul
Dixon, sem perder isso de vista, força os limites do já dito e pensado, para
oferecer o que esperamos de melhor do aturado e amoroso desse esforço: a posição
do defunto narrador (confiável ou não?); o delírio de Brás Cubas e a
universalidade do destino humano; a concepção rica e complexa de Machado sobre a
natureza; o significado do humanitismo de Quincas Borba; as diversas funções da
palavra escrita (o livro e suas implicações); as relações contraditórias de Brás
com o Brasil e a cultura europeia e um bocado mais.
Enfim, um livro para
dispor ou indispor o leitor frente a um emplasto, que cura tudo e nada cura,
mentalidade xamânica ou pré-moderna, com suas implicações objetivas e
intersubjetivas de uma fauna humana vista por Machado com humor, sátira e
excentricidade grotesca. É um livro para o leitor crescer e amadurecer com Brás
Cubas.

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