A saga da sátira - Um gênero moderno em Macedo, Machado, Pompeia, Swift e Voltaire, de André Luiz Barros da Silva

A saga da sátira - Um gênero moderno em Macedo, Machado, Pompeia, Swift e Voltaire, de André Luiz Barros da Silva

Marca: Alameda Modelo: 2024 Referência: 978-65-5966-282-1

  • Medida: Altura: 01cm, Largura: 14cm, Comprimento: 21cm
  • Páginas: 214 páginas
  • Peso: 230 kg

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A Saga da Sátira
Um gênero moderno em Macedo, Machado, Pompeia, Swift e Voltaire

de André Luiz de Barros da Silva

Sátira é gênero pré-moderno de difícil definição. Pode-se, porém, destrinchar séculos de cultura e resumir: ela traz ataques aos vícios da sociedade flertando com o grotesco e o obsceno; favorece a mistura de estilos e a fabulação inverossímil. Dos satíricos antigos (de Arquíloco a Luciano e Pérsio), extrai-se uma silhueta da sátira para flagrá-la na modernidade. Analisar textos de Swift e Voltaire é chegar da sátira antiga ao conto filosófico iluminista e além.
Por exemplo, à passagem ao Brasil, onde vira gênero privilegiado da cultura do XIX e início do XX. Basta lembrar de nossos satíricos, de Martins Fontes a Lima Barreto, de Porto-Alegre a João do Rio, de Macedo a Machado de Assis. O que explica o pendor brasileiro ao satírico? 

Neste livro, tenta-se responder a tal questão pela história concreta: num país de pouquíssimos leitores, teatro e jornais apostaram na leveza cômica e na crítica desbragada para atingir público amplo. A transposição do clima político galhofeiro europeu é um pedaço da história. O importante é percorrer obras de Macedo (A luneta mágica), Machado (Memorial de Aires, Pílades e Orestes…) e Raul Pompéia (O Ateneu) para flagrar a fabulação satírica transmudada para solo e alma brasileiros. Bem como traços da raiva e do riso devotados à impostura de alpinistas sociais e meritocráticos – eis a Teoria do medalhão, o Alienista, os homens que sabem javanês e a sociedade que condena Policarpo Quaresma pelo crime de… idealismo. Eis a saga completa.


Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é professor de Literatura Brasileira da UNIFESP. Autor de Sensibilidade, coquetismo e libertinagem (2019), investiga transformações culturais que levam a uma modernidade problemática em autores como Diderot, Sade, Voltaire, Machado, Pompéia ou João do Rio. Traduziu Novelas trágicas, de Sade (2018).

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Sumário:

A sátira como gênero antigo e seu destino na modernidade (e no Brasil) - 7
Jonatham Swift, Voltaire e a sátira na virada para a modernidade - 24
O ambiente satírico no Brasil do século XIX - 55
Macedo e Machado: sátira e conto filosófico no século XIX brasileiro - 87
Machado de Assis e Borges: dois classicistas em plena modernidade - 105
Fala represada e amor transbordante: amizade e amor segundo Machado de Assis - 133
Um narrar a menos: o Conselheiro e seu Memorial - 157
Estética e filosofia da reconciliação em Machado de Assis e Raul Pompeia - 185
A linguagem autodevoradora: a satirização da retórica em Pompeia - 197

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