
A civilização do delegado explora o surgimento da polícia moderna no estado de São Paulo durante as turbulentas décadas da Primeira República, focando sua inserção nas transformações econômicas, sociais e culturais emergentes da modernidade.
Marcelo Thadeu Quintanilha Martins analisa o corpo de delegados da elite paulistana que construiu a polícia moderna do estado a partir de temas relacionados à política, civilização, cidade, trabalho e criminalidade.
O livro utiliza uma ampla gama de fontes primárias e uma inovadora lente transnacional, mostrando que a construção do sistema policial devia muito aos debates transnacionais da época sobre classe, trabalho, criminalidade e modernidade. Através de fascinantes micro histórias dos delegados paulistanos e criminologistas internacionais, bem como os testemunhos das pessoas acusadas de crimes, Martins mostra que as novas práticas modernas de identificação e investigação, ao lado da permanência de métodos violentos de interrogatório, tinham como objetivo a manutenção da ordem numa sociedade que mudou de um regime escravagista para uma economia industrial.
Crise econômica, falência do projeto econômico e político da elite paulista e o permanente perigo de revolta de baixo nesse período moldaram fortemente a doutrina e a prática da polícia paulistana, revelando uma história de insegurança e violência que ainda marca São Paulo e Brasil.
Robert Sean Purdy
Sobreo o autor: Marcelo Thadeu Quintanilha Martins é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, com formação em Economia e História pela mesma universidade. Possui pós-graduação Lato Sensu em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e é técnico do Centro de Acervo Permanente do Arquivo Público do Estado de São Paulo desde 2010. Pesquisador na área de arquivologia, diplomática e história transnacional.
- Medida: Altura: 01cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
- Páginas: 360 páginas
- Peso: 500g