
Nem loucas, nem reprimidas: o confronto contracultural da mulher com o mainstream nas late plays de Tennessee Williams
De Luis Marcio Arnaut
Tennessee Williams foi o dramaturgo de maior sucesso comercial nos Estados Unidos, com 11 peças na Broadway (Um bonde chamado Desejo, Gata em telhado de zinco quente, etc.), muitas delas sendo adaptadas para o cinema por Hollywood. São esses trabalhos que têm definido sua popularidade. No entanto, em Nem loucas, nem reprimidas, Luis Arnaut se propõe a analisar as peças pós-canônicas do dramaturgo, suas late ou later plays: The Mutilated, I Can´t Imagine Tomorrow, A Cavalier for Milady, Kirche, Küche, Kinder (An Outrage for the Stage), Now the Cats with Jewled Claws e The One Exception.
Com um olhar aguçado e atento às armadilhas criadas pela crítica hegemônica, o livro desmonta discursos depreciativos e preconceituosos sobre a produção de Williams, na qual o dramaturgo mantém a vitalidade da criação de personagens, diálogos e formas, recusando-se a repetir fórmulas que o consagraram. O objetivo de Luiz Arnaut é investigar as personagens femininas nas peças de Williams, sua abordagem e conjuntura a partir de um aprofundamento social, histórico e político que se afasta da leitura hegemônica das obras canônicas do autor, de realismo psicológico, biografismo e glamourizadas pelas versões fílmicas hollywoodianas.
A pesquisa de Luis Marcio Arnaut é uma importante contribuição para repensar a leitura tradicional da obra de Tennesse Williams no Brasil e fornecer uma nova compreensão do impacto global de um dos maiores dramaturgos dos Estados Unidos.
Sobre o autor: Luis Marcio Arnaut é Doutor em Teoria e Prática do Teatro pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), especialista em teatro-educação, dramaturgista, tradutor, arte-educador e ator. Também autor de Tennessee Williams: algo não dito (editora Giostri).
Sumário:
Prefácio - 9
Apresentação - 23
1. Introdução - 27
2. O Tennesse Williams aceito e consumido: a leitura hegemônica que impede contornos críticos - 55
3. Não é esse Tennessw Williams que o Sistema esperava: rejeição, incompreensão e preconceito das peças da terceira fase - 117
4. "Sejam livres, sem culpa, sejam o que vocês quiserem ser": contextos de contracultura e superação da tecnocracia - 161
5. Revolução social e feminismo: ela está indo embora de casa para sempre - 207
6. Seis peças de 1956 a 1983: uma percepção analítica sobre as personagens femininas - 237
7. Tennesse Williams e os novos contextos sócio-políticos para figurar a mulher: transgressão, tensões paródicas e a erosão cansada pelo capitalismo - 423
Referências bibliográficas - 453
Apêndice - 463
Agradecimentos - 491
- Medida: Altura: 01cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
- Páginas: 492 páginas
- Peso: 678 gramas