Òmìnira - Mulheres e homens libertos da Costa d'África no Recife, de Valéria Gomes Costa

Òmìnira - Mulheres e homens libertos da Costa d'África no Recife, de Valéria Gomes Costa

Marca: Alameda Modelo: 2021 Referência: 978-65-5966-040-7

  • Páginas: 348 páginas
  • Medida: Altura: 01cm, Largura: 16cm, Comprimento: 23cm
  • Peso: 500 gramas

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Òmìnira - Mulheres e homens libertos da Costa d'África no Recife, de Valéria Gomes Costa

A produção historiográfica sobre o escravismo e as formas de resistência de mulheres, crianças e homens escravizados no Brasil é bastante expressiva e tem sido desenvolvido, nas últimas quatro décadas, em diversas universidades brasileiras e no exterior. Cada vez mais, há uma ampliação de temáticas e novas abordagens metodológicas para interpretar o mundo da população da Diáspora Africana nas Américas.

A obra se inscreve nesse campo, no qual a historiadora Valéria Costa reconstruiu trajetórias de pessoas escravizadas no Oitocentos, sobretudo, as de pretos minas, que conquistaram a liberdade e tiveram que se reinventar para viver/sobreviver em sociedade escravista, tendo como palco o Recife/PE.

Milhares de escravizados precisaram refazer antigos laços familiares e de parentesco; construíram novas relações de amizade, afetos, redes de sociabilidades; emaranharam-se em conflitos e tensões na luta por seus espaços (sociais, políticos, culturais, entre outros) no campo, nas cidades e em seus arrabaldes. Reconstituir, a partir das trajetórias de vida, essas experiências dos libertos que conseguiram algum prestígio no Recife é o objetivo principal da obra de Valéria Costa.

A autora se interessa, em particular, pelas perspectivas e expectativas dos africanos da África Ocidental, ou seja, os chamados pretos minas. Os fragmentos de suas experiências individuais e coletivas revelaram a formação de grupos afluentes dentro de comunidades negras (africanos e crioulos) no Recife. Portanto, é a história social desses grupos que é analisada ao longo dos capítulos que compõem este estudo. A obra busca entender as estratégias que diversos homens e mulheres elaboraram para sobreviver aos estigmas impostos pela sociedade escravista.

Por fim, Valéria Costa faz emergir vidas, sonhos, pesadelos, mortes, alegrias e sofrimentos da população africana de um Pernambuco urbano oitocentista. Conhecendo tais horizontes analíticos os leitores vão poder ver, ouvir e sentir ondas atlânticas arrebentando em Recifes solidamente negros.

Sobre a autora: Valéria G. Costa é historiadora e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sertão Pernambucano (IF Sertão PE). Licenciada e Mestra em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Doutora em História Social do Brasil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Sumário:

Lista de Ilustrações 11
Lista de Tabelas e Quadros 13
Lista de Siglas e Abreviaturas 15

Prefácio – Mares, ondas e Recife atlânticos: cartografias da liberdade 17

Introdução 23
1. Recife, a terceira Babel africana 45
Jogando com os dados censitários 46
Pernambuco e os cálculos do infame comércio 59
Procedências e nações: criando e ressignificando identidades 74
Africanos libertos no Recife: em torno de uma identidade mina 88

2. Como e onde moram os africanos? Arranjos de moradia no Recife 99
A cidade negra do Recife: desenhando territórios 102
Teto próprio: um projeto de liberdade na escravidão 116
Alguns arranjos de moradia entre condições de liberdade 124
“A plebe africanoide” do Recife 137
O domicílio e o status 144

3. Vida íntima: laços de família e parentesco 155
Casamento de preto no (papel) branco: significados das uniões conjugais para os africanos 159
Casamento, família e alforria 172
Famílias ampliadas: dos laços de sangue ao parentesco espiritual 182
Uma família africanamente organizada 195
Patrícios e camaradas: laços de amizade 208

4. Estigmas da escravidão nos caminhos da liberdade: trabalho, negócios e patrimônio 215
Mundos do trabalho urbano 219
Os trabalhadores africanos nas fontes da Casa de Detenção do Recife 231
Em que se ocupam as negras e os negros da Costa d’África afluentes? 246
Mundos dos negócios 254
Patrimônio e status 261
Ex-escravizados proprietários de escravos: a posse cativa entre os africanos 267

5. Fé em que vivo e pretendo morrer: redes entre religiosos e religiões 275
Práticas religiosas dos africanos nas Américas 276
Irmandades negras: espaços de sociabilidades e conflitos 283
O Rosário dos Pretos de Santo Antônio: uma endogamia africana 294
Negros islamizados no Recife: reelaborando práticas e saberes 301
Os últimos africanos do Recife e o legado diaspórico (Considerações finais) 313

Fontes e referências 319
Agradecimentos 343

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