O mobiliário infantojuvenil da casa paulista na década de 1950 e suas relações com o espaço físico da criança, de Thereza Christina Ferreira Dantas
O mobiliário infanto-juvenil da casa paulista na década de 1950 é, antes de tudo, um trabalho de coragem e de fôlego. Coragem por abordar um tema há muito relegado ao pé de página das citações brasileiras e, também, mundiais. Fôlego quando levamos em conta que a pesquisadora teve a iniciativa de “garimpar” um tema inédito.
Trata-se de um trabalho especial, primeiramente porque abre espaço para uma abordagem a partir de fontes de informações mais confiáveis e, também e não menos importante, porque enfrenta o desafio de trabalhar um assunto pouco explorado até o momento.
Quem teve o privilégio de acompanhá-la durante parte de sua trajetória acadêmica sabe de sua persistência e de sua capacidade de envolvimento intelectual e pessoal.
Exatamente essa característica que a coloca em uma situação privilegiada de observadora e de crítica.
Por essa mesma razão Thereza Dantas se permitiu organizar um panorama dos aspectos sociais, culturais e econômicos relacionados ao mobiliário infanto-juvenil em conjunto com os preceitos que nortearam a educação das crianças na São Paulo da primeira metade do século XX.
Sobre a autora: Thereza Christina Ferreira Dantas é arquiteta, tendo iniciado sua formação na Universidade Federal de Pernambuco e concluído na Universidade Mackenzie em 1987. Realizou curso de pós-graduação stricto sensu pelo Senac em 2007, e mestrado na área de Design e Arquitetura pela Universidade de São Paulo em 2012. Autônoma, atua como arquiteta de interiores e designer de móveis no escritório AeA Arquitetura e Artes desde 1987, do qual é sócia-fundadora. Em seu cotidiano profissional, se debruça sobre a busca de móveis infantojuvenis para contemplar os espaços por ela projetados.