PAGU - LITERATURA E REVOLUÇÃO, de Thelma Guedes

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PAGU, LITERATURA E REVOLUÇÃO,

de Thelma Guedes

O leitor tem em mãos um estudo pioneiro e inovador. Pela primeira vez conhecemos um enfrentamento, digno desse nome, de análise e interpretação de uma das obras mais polêmicas e desconhecidas da literatura modernista brasileira.

Trata-se de conhecer em suas dimensões estéticas e políticas o romance Parque Industrial, de Patrícia Galvão, a Pagu. Publicado nos inícios de 1930, contemporâneo, portanto, das primeiras obras de Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queirós e outros, foi relegado pela critica e pela historiografia literárias a um lugar à parte, estigmatizado, senão escorraçado, avesso à aceitação pelos bem-pensantes, e inclusive pelos comunistas e esquerdistas em geral.

Ao Parque Industrial sempre foi negado um lugar estético na tradição brasileira, ainda que seu exame tenha apenas consistido de narizes torcidos e olhares zarolhos. O romance proletário, portanto, antiliterário, e antiartístico, acabou condenado, mal e porcamente, por padrões e critérios impróprios e completamente estranhos ao objeto. Como ele não se quadra e nem satisfaz expectativas artísticas, seu destino foi a denegação de sua forma própria e de seu ´conteúdo estranho e exótico.

As personagens são proletárias e proletários gente pobre da periferia da São Paulo em processo de industrialização. São personagens cujo heroísmo dramático consiste em tentar sobreviver, no trabalho aviltado, na militância sem perspectiva e nas relações completamente desumanas. Está nesse romance a lógica implacável segundo a qual a maior riqueza produz e reproduz a maior miséria. Está nesse romance a representação da modernização conservadora à brasileira.

O estudo de Thelma Guedes pela primeira vez, com respeito por esse drama extraordinário e permanente no Brasil -- e no mundo -- com sensibilidade adequada e com conhecimento de causa enfrenta os inúmeros problemas postos pelo Parque Industrial e dá conta de revelar os valores estéticos e políticos nele representados segundo suas próprias exigências. O proletário pobre -- mesmo que essa palavra hoje em dia mereça também estigma -- volta à cena, como problema artístico original, ele que está quase ausente da nossa literatura, embora circule aos milhões pelas cidades, pelas periferias, pelas ruas e pela modernidade brasileiras. É um trabalho que repõe a solidariedade de Pagu com todos os deserdados da terra.

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