Revolução Russa - O povo pede passagem, de Fernando Horta
Em fevereiro de 1917, o número de bolcheviques em toda a Rússia não chegava a 24 mil. Em setembro as fontes divergem, em média afirmam algo em torno de 100 mil ou 120 mil correligionários. Com números tão pequenos, se comparados com o tamanho da Rússia, não é possível acreditar na ideia do controle. Os bolcheviques serviram como indicadores de possíveis caminhos. A massa, entretanto, por diversas vezes não os seguiu. Em outras, tomou-lhes a frente.
A Revolução de Outubro pertence, portanto, ao povo russo. A memória da Revolução precisa ser resgatada como um momento singular em que, de posse unicamente de sua fome, de sua pobreza e de suas dores de guerra, as massas russas acreditaram num sonho. Acreditaram que o mundo lhes poderia ser diferente, que seu tempo e seu espaço poderiam ser usados uma vez ao menos em seu favor.
As populações acreditaram, enfim, que o mundo poderia ser melhor, num tempo em que a regra é que lhes sempre parecesse piorar. Eis o sentido de Outubro. Inverter o fluxo do tempo que diz que tudo caminha inexoravelmente para seu fim. A Revolução tem em si este sentido mágico de nos conduzir ao eterno. Do momento da mudança à memória da luta, tudo parece ter um sentido claro: o mundo nos pertence e dele fazemos o veículo de nossas ideias. De nossas ideias de transformação.
Este livro procura recontar, de modo breve, um processo que mudou não só um país, mas todo o mundo. Compreendê-lo melhor, para que novos caminhos se abram, em todos os quadrantes do planeta.
Fernando Horta é graduado em história pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre e doutor em relações internacionais pela Universidade de Brasília.
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SUMÁRIO:
Apresentação - 7
Introdução - 17
1. A ordem número 1 - 21
2. Os Romanov - 27
3. Tudo muda num piscar de olhos - 33
4. O apelo aos povos do mundo - 39
5. 50 tons de vermelho - 45
6. O internacionalismo - 51
7. Um presente terrível - 59
8. As mulheres e a revolução de 1917 - 67
9. "Isto não pega, não pega mesmo nada": as Teses de Abril – 73
10. Vladimir Ilitch Ulianov - 79
11. A batalha dos tipos: imprensa e revolução - 85
12. Terra, trabalho e propriedade na Rússia revolucionária - 91
13. O sonho da revolução sem sangue - 97
14."Existe sim!" e os bolcheviques vão às urnas - 103
15. As últimas gotas de sangue pela Rússia na Primeira Guerra – 109
16. Alexander Kerensky, e a manuntenção fria do poder - 115
17. Alexandra Kollontai: os instintos e o amor em tempos revolucionários – 121
18. A crise de julho - 127
19. O Krondstadt - 131
20. O braço armado da contra-revolução: Kornilov - 137
21. O realismo socialista de Maxim Gorky - 143
22. O golpe de Kornilov – Parte I - 149
23. O golpe de Kornilov – Parte II - 155
24. Maiakovsky, o coração exposto da revolução - 161
25. Trotsky: as portas da história e o pacto com a morte – Parte I – 169
26. A Kerenschina - 175
27. As almas, o tanque e a revolução: Stalin – Parte I - 181
28. O tempo; o tempo urge, o tempo ruge - 187
29. O homem que não estava lá: Stalin – Parte II - 195
30. Entre a vaidade e a história: Trotsky – Parte II - 201
31. O povo e a revolução - 207
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- Autor: Fernando Horta
- Páginas: 214 páginas
- Medida: Altura: 01 cm, Largura: 14cm Comprimento: 23cm
- Peso: 300 gramas