Coleção Brasil: Independências

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A independência do Brasil em perspectiva mundial, org. João Paulo Pimenta e Ítalo Santirocchi

Tema canônico, inseparável das mais importantes tradições intelectuais de nosso país, a Independência do Brasil continua a motivar estudos dos mais diversos. Os cinco capítulos apresentados neste livro – uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos (SEO) - têm em comum o tratamento dado ao tema segundo a perspectiva das muitas e fundamentais conexões do Brasil com outras partes daquele mundo que, nas primeiras décadas do século XIX, estava passando por profundas transformações. Mesclando pesquisas inovadoras com sínteses históricas, apresentadas por historiadores e historiadoras pujantes e no auge de suas forças criativas e produtivas, as páginas que se seguem oferecem uma contribuição historiográfica que, valendo-se da abundância de mobilizações acadêmicas e não-acadêmicas em torno do Bicentenário da Independência, vai muito além da efeméride: serve como uma excelente amostragem da força e da perenidade da reflexão crítica, criteriosa e rigorosa em torno de um dos grandes temas da história brasileira. De ontem, de hoje e de amanhã.

 

Sobre os organizadores

Ítalo Santirocchi é professor dos cursos de graduação e pós-graduação em História da Universidade Federal do Maranhão. Graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000), com “licenza” em História Moderna e Contemporânea (2003) e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma (2010). Atualmente é presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos (SEO).

João Paulo Pimenta é professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo desde 2004. Professor visitante em diversas universidades estrangeiras, é autor de oito livros editados em seis países, parte deles dedicados à história da Independência e suas escalas de tempo e espaço.


Independências: circulação de ideias e práticas políticas, org. Juliana Gesuelli Meirelles e Marcelo Cheche Galves 

Há quase duas décadas, o professor István Jancsó observou que “A cada época os seus problemas, seus fantasmas e suas esperanças. [...] A quem se dispõe a resistir às patologias que encerram, as crises impõem paciente reflexão com base em obstinado trabalho investigativo, inescapáveis condições da elaboração teórica que possa – e somente ela permite intentá-lo – conferir pertinência às problematizações da matéria histórica que guarda o substrato do enigma brasileiro”.

Tais ensinamentos compunham um conjunto de reflexões emergentes e, portanto, não majoritárias à época, e que balizariam desde então os estudos sobre as Independências a partir das especificidades americanas, resultantes de uma interface entre metrópole e colônia nada linear. Nessa esteira, o livro ora apresentado reúne resultados de pesquisa derivados de uma contínua renovação historiográfica, vinculada a essas premissas. Aqui, o exercício de apreensão do todo que constituía o mundo luso-brasileiro foi praticado tendo como foco as partes: entre o Rio de Janeiro e Lisboa (Lúcia Bastos; Andréa Slemian e Renata Fernandes; Marieta Ferreira); entre Recife, Rio de Janeiro e Coimbra (Paulo Cadena); entre Lisboa e Salvador (Sérgio Guerra Filho); e entre o Rio de Janeiro e Recife (Paula Botafogo).

Se há duzentos anos a multiplicidade de projetos políticos dava o tom da cena pública, redimensionando estratégias discursivas em meio a um mundo em que a imprensa já conquistara status de protagonista dos acontecimentos, os distintos tempos de reescrita sobre esse vivido impuseram novas questões. Em tempos de bicentenário da efeméride, também resultante da fixação de certa memória produtora de solidez e perenidade, este livro espera produzir outros efeitos, próprios do tempo em que se insere, delineado por outros problemas, fantasmas e esperanças. 

 

Sobre os organizadores

Juliana Gesuelli Meirelles é professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS) desde 2014. Doutora em História pela Unicamp (2013). Estágio pós-doutoral pela USP (2019-2021). Desde 2019 é pesquisadora colaboradora do Centro de Memória Unicamp (CMU-Unicamp) com o projeto: O nascimento da Vila de São Carlos: memória, política e formação das sensibilidades na sociedade colonial (1774-1822). 

Marcelo Cheche Galves é professor da Universidade Estadual do Maranhão. Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Estágio pós-doutoral na Universidade NOVA de Lisboa. Pesquisa na área de História do Brasil no século XIX, com ênfase em estudos sobre imprensa e circulação de ideias políticas. Coordena o Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO) e integra a Rede Proprietas (INCT Proprietas), coordenado por Márcia Maria Menendes Motta (Universidade Federal Fluminense), e o Projeto PRONEX – Caminhos da Política no Império do Brasil, coordenado por Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.

 


Independências, memória e fabricação das imagens, de Iara Lis Schiavinatto

Eis um livro que já nasce fundamental para a renovação do tema sobre os Centenários. Ao reunir textos com abordagens sobre o que Aby Warburg definiu como imagens passadas em suas formas simbólicas e autoras e autores com sólidas formações historiográficas, deu novas perspectivas aos estudos sobre história e história da arte, no contexto das inúmeras publicações que vêm ao prelo no ano do bicentenário da Independência do Brasil.

1822-1922-2022 são datas que concentram muitas mudanças, rupturas e transformações na História do Brasil e das Américas. Iara Lis Schiavinatto, na introdução intitulada Passados-presentes da Independência do Brasil, tece o fio condutor que vai definir a estrutura do livro, aguçando a curiosidade dos leitores quanto ao rico conteúdo dos textos que encontrarão na obra. Neles, autores recuperam e analisam marcos importantes das origens dos acontecimentos relativos aos festejos comemorados e rememorados sob os mais diversos ângulos. Organizado em seis capítulos, começa pelas representações visuais de D. Pedro I, seguidos por estudo quanto à presença da Maçonaria no processo da Independência, as celebrações do centenário e a importância do quadro de Pedro Américo em vários contextos, os bastidores dos motivos da ausência da estátua de D. Pedro I no Museu do Ipiranga, as celebrações do Bicentenário na Argentina e no México, chegando ao capitulo que encerra a publicação, envolvendo um interessante diálogo entre a História e o Jogo dos Passados Possíveis. É um livro de saborosa leitura que traz reflexões inéditas sobre estes longos duzentos anos tão cheios de história, memória e arte, aqui reunidas sob as mais diversas perspectivas e representações.

A estrutura dos capítulos reúne uma abordagem inovadora da forma como os atos e os fatos foram vistos, revistos e atualizados, unindo de maneira original história, memória, arte e cultural material. Cria um universo que pode ser resumido em uma citação da artista plástica Rosângela Rennó quando afirma que é possível aprender história divertindo-se. E é isto que o livro faz, com ciência e arte.

Mais que isto, a reunião de textos e imagens primorosamente selecionadas permite refletir sobre Arte, os processos de Independências, as diversas formas de comemorações e representações, abrindo amplo universo de formas de ver e ler para leitores das mais diferentes formações. As leituras propostas permitem rever conceitos e debates, poucos explorados ou inéditos na produção historiográfica e artística sobre efemérides tão caras a nossa identidade.

O livro que se tem nas mãos é um trabalho coletivo de excelente qualidade.

Tania Bessone
UERJ

 


A Independência vista de dentro: caminhos e jogos de escala entre o provincial e o local, de Magda Ricci e Michelle Barros de Queiroz (orgs.)

A independência do Brasil, em 1822, foi muito mais que um jogo político tramado às margens do Ipiranga ou nas cortes de Rio e Lisboa com financiamento inglês.

Nos jogos de escalas, que hoje rondam os estudos contemporâneos no campo da história social e, em nosso caso especial, da história social da natureza amazônica, é mais do que tempo de revisarmos a concepção conceitual sobre o termo “provincial”, desassociando-o da ideia de “provincialismo”, ou de qualquer tipo de reducionismo geográfico, histórico, político ou cultural. Aquilo que há algum tempo se denominou de história das “margens” ou “periferias”, ganha relevo, sobretudo no tempo presente em que a manutenção das florestas e das populações tradicionais são mais do que uma prioridade nacional.

Como pensar uma história da Independência vinda dos povos amazônicos e não exógena a eles? Este livro foi pensado para encaminhar respostas a esta questão, fornecendo caminhos possíveis para entender a Independência a partir de uma perspectiva local.

SOBRE OS ORGANIZADORES: Magda Ricci é historiadora com mestrado (1993) e doutorado (1998) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pós-doutorado na Universidade de Barcelona (2011) e livre-docente e professora titular pela Universidade Federal do Pará (2021). Atualmente, é Diretora do Centro de Memória da Amazônia (CMA-UFPA 2021-2022). É autora do livro Assombrações de um padre regente: Diogo Antônio Feijó (1784-1843), publicado pela Editora da UNICAMP em 2002. Michelle Barros de Queiroz é doutoranda em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduada e Mestre em História (UFPA), é professora efetiva da Escola de Aplicação da UFPA (2018). Sócia do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Desenvolve pesquisas sobre o período Imperial no Grão-Pará, com ênfase na produção de Filippe Patroni.

Autores deste volume:

Carlos Augusto Bastos
Cleodir da Conceição Moraes
Magda Ricci
Marinelma Costa Meireles
Michelle Barros de Queiroz
Odair Giraldin
Siméia de Nazaré Lopes
Sueny Diana de Oliveira Sousa
 


Guerras por toda parte: conflitos armados que impactaram as independências do Brasil, org. André Roberto de A. Machado e Sérgio Guerra Filho

Este livro busca mostrar que a Independência do Brasil acontece em um mundo mergulhado em conflitos armados por toda parte. Um mundo estava em frangalhos – o do Antigo Regime – e absolutamente tudo estava em disputa: ideias de liberdade, direitos do homem, liberdade de imprensa, regimes de trabalho, entre outras coisas. No meio de todas essas disputas, entram em xeque os Antigos Sistemas Coloniais. A independência do Brasil ocorreu dentro desse cenário e seria preciso acreditar que país era uma ilha para que aqui tudo fosse pacífico e não impactado pelo acontecia no resto do mundo.

Aqui, como em outras produções historiográficas recentes, fica evidente que, à medida em que as pesquisas descortinam novos atores, não há unidade possível nem mesmo no interior das províncias, muito menos para além dessas fronteiras. Desse modo, o livro dá destaque a conflitos em províncias específicas como Rio de Janeiro e Bahia. Além disso, mostra-se como as guerras na América Espanhola e ações ocorridas na Europa impactaram de forma inegável os eventos no Brasil. As independências, as almejadas e a possível, foram moldadas de forma evidente pelas guerras que estavam em toda parte. 

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Este livro junta-se ao esforço de colocar por terra um dos mitos de origem da nação brasileira mais difundidos: o de que a sua independência foi pacífica. Está claro que não basta evidenciar que houve conflitos em várias províncias, como a Bahia, o Pará, Pernambuco entre outros, já que a historiografia nacionalista captura esses eventos e os consagra como batalhas de libertação nacional. É preciso um novo olhar historiográfico sobre esses episódios.

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Sobre os organizadores:

Sérgio Guerra Filho é doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia, professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo em história e no mestrado profissional em história da África, da diáspora e dos Povos Indígenas.

André Roberto de Arruda Machado é professor de Departamento de história da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). É doutor em História Social pela USP (2006) e realizou estágios de pesquisa (pós-doutorado) no CEBRAP, entre 2007 e 2009, no Brown University e na Havard University, entre 2019 e 2020. É coeditor da revista Almanack.


INDEPEDÊNCIA EM VÁRIAS FACES, de João Paulo Peixoto Costa e Ana Sara Cortez Irffi (orgs.)
Protagonismos e projetos plurais na emancipação do Brasil

O que diziam as vozes das ruas, das matas e das roças espalhadas pelo Brasil no tempo da independência? Sabiam o que se passava? Se preocupavam com o futuro?

Essas perguntas se fazem necessárias nos dias de hoje por muitos motivos. Poderíamos dizer que reverberam as reivindicações dos movimentos sociais que, atuando em muitas frentes – nas relações de gênero, étnico-raciais, de moradia, da terra – evocam a memória das ações populares em diferentes momentos da história do país.

De fato, nunca se desconheceu que as movimentações em torno da independência contavam com a presença do povo, ainda que os mais antigos e tradicionais estudos sobre o tema percebessem-nas pelo espectro da inferioridade moral e cognitiva do outro. Logo, se é preciso superar o desrespeito elitista de outrora, é urgente se voltar a esses grupos com novos problemas, fontes e metodologias.

Em alusão ao Bicentenário da Independência, nada mais oportuno do que evocar as tantas trajetórias que formaram o país e se lançar àqueles questionamentos poucas vezes feitos. Ressoando as vozes das ruas, das matas, das roças e até dos campos de batalha, do Maranhão e Piauí ao distante Rio de Janeiro (a depender do ponto de referência), os artigos aqui reunidos trazem descobertas preciosas de pesquisadoras/es que ousaram perguntar: o que fizeram, pensaram e projetaram mulheres, pobres e não-brancos durante a independência do Brasil?”

 


 

 

Autores deste volume: Ana Sara Cortez Irffi, Danielly de Jesus Teles, Elizabeth Sousa Abrantes, Fernando Lobo Lemes, Francisco Cancela, Gladys Sabina Ribeiro, João Paulo Peixoto Costa, Johny Santana de Araújo, Yuri Givago Alhadef, Sampaio Mateus.

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