Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores

Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores

Referência: 9786559662203

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Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores

Associação Heinrich Plagge / Rosana Gonçalves (org. e pesquisa), Solange do Espírito Santo e Gonzaga do Monte (entrevistas, pesquisa e texto final)

Éramos jovens. Os mais velhos deram pais de filhos pequenos e uma família em formação. Sonhávamos em ver triunfar a justiça. Mas nossos sonhos eram barrados nos abusos, que se multiplicavam contra os que se opunham ao arbítrio da ditadura.

A barbárie não tinha limites, nem nas empresas. Prisões aconteceram dentro da fábrica e lá a tortura começava, para depois prolongar-se nos porões do Estado. Humilhações eram constantes, com "chiqueirinhos" para os que não se curvavam à intolerância e endereços eram fornecidos com as fichas funcionais. Era a cumplicidade entre a ditadura e as empresas transnacionais.

Décadas se passaram e as páginas dessa história ficaram escondidas. Até que as provas da cumplicidade foram reveladas pelas Comissões da Verdade. Os trabalhadores perseguidos, presos e torturados, que não pararam de lutar, finalmente viram a luz da justiça acender. O resultado da luta, no caso da Volkswagen, maior montadora de veículos no Brasil daquela época, foi vitorioso, com o reconhecimento das violações aos direitos humanos que cometeu na ditadura. Este livro resgata todo esse percurso e deixa registrada a verdadeira história do que os trabalhadores na Volkswagen viveram nos anos de chumbo. E, ainda que tardiamente, mostra que o sonho daqueles jovens não era impossível. (Associação Heinrich Plagge)

 

Sobre a organizadora: Associação Heinrich Plagge é o resultado do amadurecimento de reuniões realizadas entre os trabalhadores da Volkswagen do Brasil que, desde 2015, discutem memória, verdade, justiça e reparação na busca por Direitos Humanos.

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SUMÁRIO:

APRESENTAÇÃO - 9
Uma história registrada e honrada para sempre

PREFÁCIO - 11
Luiz Marinho

SOBRE A PRODUÇÃO DESTE LIVRO – 15  

PRÓLOGO - 19
Caso VW mostra que é possível fazer valer a
Justiça de Transição no Brasil

PARTE I - 1953-1967
A chegada da Volkswagen ao Brasil, a criação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, o golpe civil-militar e a "legalização" da ditadura

1. A mão empresarial (e da Volkswagen) por trás do golpe civil-militar em 1964 - 25
2. A instalação e a estruturação da Volkswagen no Brasil - 31
3. Movimento sindical sufocado e salários achatados – 37

PARTE II - 1968-1977
Brasil é amordaçado pelo AI-5, VW abre portões da fábrica para a prisão de trabalhadores e clamor pelo fim da ditadura é retomado

4. Quatro anos depois do golpe, insatisfação popular cresce greves e manifestações são retomadas - 47
5. Repressão intensifica-se com a colaboração empresarial à OBAN e militares assumem controle total da segurança na Volks - 51
6. PCB monta estrutura na Volks e empresa intensifica colaboração com os órgãos repressivos - 59
7. Polícia política entra na Volkswagen, prende e tortura trabalhadores - 65
8. Metalúrgicos de São Bernardo começam a reagir e "listas sujas" crescem - 77
9. Depois do "cala boca" do AI-5, luta social pela democracia é retomada - 83

PARTE III - 1978-1985
Metalúrgicos assumem protagonismo nas lutas sindicais e ajudam a pôr fim a 21 anos de ditadura. Na Volks, trabalhadores não se intimidam com perseguição e repressão

10. Greve de 1978 desafia repressão nas empresas e do regime Nasce o novo sindicalismo - 93
11. Em 1979 eclode a primeira greve geral da categoria. VW abriga "quartel" da polícia e incomoda matriz -103
12. 1980: trabalhadores fundam seu partido, metalúrgicos voltam a cruzar os braços e agentes do regime mandam avisos com bombas – 115
13. 1981-1982: retração econômica e inflação nas alturas dão início à "década perdida". Volks faz demissões em massa, mas trabalhadores seguem mobilizados, inclusive mensalistas - 125
14. Arrocho salarial aumenta, novas tecnologias chegam e mais uma articulação empresarial-policial é formada - 133
15. Democracia chegou ao país por via indireta e a prática repressiva se manteve - 139

PARTE IV - 1986-2014
Resquícios da ditadura persistem na economia e na sociedade; atrocidades do regime vêm à tona 50 anos depois do golpe

16. Hiperinflação assombra o país e nova Constituição amplia direitos - 155
17. Estado policialesco persiste, empresas continuam produzindo "listas sujas" e vítimas da ditadura lutam por justiça - 159 
18. Comissão Nacional da Verdade traz à tona as atrocidades da ditadura – 165

PARTE V - 2015-agosto de 2020
Busca pela reparação das violações cometidas pela Volkswagen abre caminho inédito na Justiça brasileira
19. Fórum de Trabalhadores pede abertura de processo e MPF instaura inquérito para apurar repressão na VW - 177
20. Matriz da VW contrata estudo para apurar ações da filial brasileira. Pressão para que empresa reconheça violações cometidas aumenta na Europa e no Brasil - 183
21. Divulgação de estudo da VW incomoda trabalhadores e MPE. Vitimados criam associação e dirigentes sindicais passam a contribuir com desfecho do processo – 191 
22. Articulação para a busca da reparação aumenta e empresa abandona negociações - 201
23. Pandemia de coronavírus, conjuntura, novo recuo da VW e mais pressão dos trabalhadores – 207

PARTE VI - Setembro de 2020-2022
Pela primeira vez na história, empresa assume responsabilidade por violações cometidas na ditadura e faz reparação a trabalhadores

24. Espera de cinco anos chega ao fim: VW presta contas de passado e assina acordo inédito - 215
25. Recurso é negado, TAC é homologado e a reparação é feita pela VW - 221
26. O que o TAC representou para os trabalhadores, a justiça e a sociedade brasileira – 233

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 243

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